"O número de imagens que um livro oferece são infinitas, as imagens de um filme são finitas. Da passagem de uma coisa para a outra existe um transvaze inevitável, onde alguma coisa em geral se perde em número e alguma se ganha em intensidade. No caso de “A Costa dos Murmúrios”, apesar de ter tido conhecimento prévio do argumento, e do cenário das filmagens não ser propriamente um mistério, o resultado do filme foi-me bastante surpreendente. As primeiras imagens surgiram e eu compreendi que a história que tinha escrito, sob as mãos da Margarida, e o corpo dos actores, havia-se transformado numa outra realidade, reescrita à luz de um outra invocação" - do depoimento de Lídia Jorge sobre o filme de Margarida Cardoso, hoje arquivado neste blogue.
- "Sendo “A Costa dos Murmúrios” um livro que não vai à guerra, mas não fala de outra coisa senão dela, a imagem da roleta russa foi -me indispensável como concentração do combate, síntese da sua arbitrariedade, paráfrase do vício da violência" - ler na íntegra → AQUI
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