"Até há pouco tempo pensava-se que ao esplendor de uma obra correspondia necessariamente o esplendor de uma razão iluminada, mas hoje admira-se a obra sem necessariamente se dar crédito à opinião do seu autor. Isso, na minha ideia, constitui um progresso tão grande como separar a personagem do seu intérprete. Significa que as pessoas estão mais avisadas sobre a diferença de planos. Por exemplo, toda a gente hoje sabe que a opinião ideológica era a moldura que até há poucas décadas ditava a “inclinação” que conduzia à tomada de partido por este ou outro assunto, mesmo quando pouco ou nada se percebia sobre ele, mas essa situação não se compagina mais com o mundo de informação aberta. Muitas vezes aquilo que se chama a cobardia dos ditos intelectuais de agora não passa de uma hesitação perante realidades em conflito quando se desconhece uma parte da situação" - das respostas a questionário de Filipa Melo, hoje arquivadas neste blogue.
- "Há obras geniais repassadas de humanidade, saídas da mão de criadores a quem não se pode confiar durante uma hora o nosso animal de estimação, e há artistas boas pessoas que não conseguem fazer uma obra que vá além do sofrível. Entre uma e outra espécie, existe uma variedade de combinações infinitas."- ler na íntegra → AQUI
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