sábado, 10 de setembro de 2011

Poema * Viemos da mesma árvore

Juntei-me à voz verdadeira
Juntei-me à voz da guitarra
Por ser mais que verdadeira
Provei que eu própria era
Feita de sua madeira.

Viemos da mesma árvore
Talhadas do mesmo jeito
Guitarra tem as minhas formas
Eu tenho o seu próprio peito

Estão em mim as suas cordas
E até a mão de quem toca
É carne da minha carne
Falando na minha boca

Lídia Jorge
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* com interpretação de Isabel Noronha (música de António Chainho)

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