Crónica de Lídia Jorge publicada no Libération (1 de janeiro de 2000) e que se recupera. "Não por Deus, que nunca falará, nunca estará nos confins do Cosmos com um banquete de rosas à nossa espera. Mas pela dúvida sobre a existência ou não desse banquete. Na verdade, há muito que se diz termo-nos cruzado com a morte de Deus, mas é mentira. As culturas, até agora, têm-se construído na dúvida sobre a sua morte, mas jamais se organizaram sobre o princípio da sua inexistência. Sobre a interrogação, sim. Modestamente, diante das terras secas do meu país, temo que indo os sábios até aos confins da matéria e dos astros, se apague a Dúvida, rainha do nosso pensamento e da nossa esperança. Se assim for, é possível que os homens sobrevivam."
- "A Cidade Invisível", ler crónica na íntegra → aqui
Sem comentários :
Enviar um comentário